Ao amor e o medo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pavor de quem amo, será este sentimento algo que beire o natural? Pavor Não de algum malefício real que esta pessoa possa trazer, ou do sofrer carnal que esse venha a lhe causar. Mas o medo do não querer, do mentir e do não ter este, o reciproco de intensidade no sentimento.
Vamos ao amor. Este vem assim ocasional, como o sol furtivo que permeia a sala, traga a escuridão, tomando de calor o coração e alma; presenteia com a insanidade e destrói a calma, buscando a qualquer custo o objeto do seu querer. O amor é também divino, pois...”Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. E ainda o carnal “Para o sexo a expirar eu me volto, expirante” e há por fim o nosso amor “Faria a ti, minha amada inspiração,os mais belos versos, músicas, poemas e, acaso aborreça-te destes, trocaria as palavras, as notas, os temas.
Mas há os nossos medos. E tomando-me por Fausto de Goethe. Recito; Aí vindes outra vez, inquietas sombras?
Vamos ao medo. Ele vem na mesma furtividade do sol mas este não clareia, e sim abre as Feridas de outrora. Então abutres se lançam aos pensamentos abarrotando-os de dúvidas e vertendo a dor de antes.
O que tem a nosso favor então?
Aqui só temos medo e amor, amor e medo.
Certeza!
Sim, a certeza.
Certeza quanto ao que sinto e ao que sei que sentes por mim.
Certeza quanto às palavras que trocamos amavelmente nos rompantes de felicidade juntos.
Certeza de um futuro que há de vir e de um presente que está acontecendo.
A CERTEZA é maior que o medo, que a solidão ou o amargo de um passado lá de trás. A maior certeza está em nossos olhares, em nossos beijos, em nosso estado de clareza regado por tua beleza e minha calma, pela sua graça e honesta alma pelo que há de nos guiar vida adentro. E como o vento vem soprando nosso querer, que se torne tempestade soprando sem se ver, como verdade que contamos sem perceber. Como o amor e a certeza, como eu e você.